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sábado, 7 de março de 2015

LAVA-JATO DEIXA A OLIGARQUIA SARNEY EM APUROS

O delator Paulo Roberto Costa, Lobão e Roseana: sorriso em Bacabeira, tensão no STF
Derrotado, sem mandato e nem prestígio na República, José Sarney (PMDB) pode ver o mais temia na vida: a condenação da sua filha, Roseana Sarney, ex-governadora do Maranhão.

A oligarquia está em apuros, após o Supremo Tribunal Federal (STF) acatar o pedido da Procuradoria Geral da República (PGR) para a abertura de inquérito contra 47 políticos.

A decisão do STF pode aniquilar de vez a oligarquia Sarney e, quem sabe, levar a filha do coronel à cadeia.

Malas e propina

Não há como falar em corrupção no Brasil dos últimos 50 anos sem passar pelo Maranhão.

O megaesquema de corrupção que abala a República teve como fato relevante a prisão do doleiro Alberto Youssef em São Luís, no luxuoso hotel Luzeiros.

Youssef foi preso pelo suposto pagamento de propina ao governo do Maranhão, com o objetivo de furar a fila de um vultoso precatório devido ao consórcio empresarial Constran/UTC.

Com o aprofundamento das investigações, o doleiro revelou outros episódios sobre pagamento de propina, desta feita envolvendo o ex-ministro das Minas e Energia, Edison Lobão (PMDB), no esquema entre as empreiteiras e a Petrobras.

Roseana & Lobão são peças-chave nas investigações da operação Lava-Jato e do mar de lama que toma conta da Petrobras.

De Brasília ao Maranhão

Protagonistas do maior estelionato eleitoral no Maranhão – a refinaria de Bacabeira – onde apenas a terraplanagem foi contratada por R$ 711 milhões, a governadora e o ministro estão no foco central das suspeitas.

O Brasil inteiro está esperançoso no aprofundamento das investigações, que agora tomam novo rumo.

Após a abertura de inquérito, chegará a fase de oferecimento de denúncia, instrução do processo e julgamento.

Fora dos círculos do poder, a oligarquia Sarney ficou vulnerável ao Ministério Público e à Justiça.

Pegando os peixes grandes, a esfera federal pode abrir as portas para que as instâncias locais do Judiciário e do Ministério Público comecem a agir sobre os outros operadores da oligarquia Sarney.

A devassa tem de ser geral.

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