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sábado, 1 de novembro de 2014

APRUMA: NOTA SOLIDARIEDADE CONTRA A DISCRIMINAÇÃO E HOMOFOBIA

A APRUMA - Seção Sindical vem a público se solidarizar com o professor Dr. Glécio Machado Siqueira, do Campus de Chapadinha, que tem sofrido uma série de agressões homofóbicas e ataques discriminatórios por parte de alguns alunos que têm utilizado a orientação sexual do mesmo para buscar desqualificá-lo moralmente e profissionalmente.

Vivemos num país que por suas bases históricas – escravista, latifundiária e patriarcal – se estruturou sob a perspectiva do racismo, do machismo e da homofobia. Infelizmente a Universidade brasileira, que deveria ser um lugar por excelência da reflexão e do diálogo, reproduz também essas formas de opressão e tem em suas entranhas práticas preconceituosas e discriminatórias que têm afetado negativamente discentes, funcionários e docentes.

O aumento das práticas racistas, machistas e homofóbicas em nossas Universidades e, em especial, os casos ocorridos na UFMA, não deixam ser reflexos da presença marcante de grupos sociais até então ausentes dos campi universitários, em virtude das ações afirmativas e da iniciativa dos movimentos sociais negro, de mulheres e LGBT que não apenas lutam cotidianamente para galgar espaços e direitos sociais, como também para reconstruir a autoestima e a valorização das diversas identidades de gênero, orientação sexual e étnico-raciais.

Sendo assim, a APRUMA - Seção Sindical está entre as entidades que tem em sua história de luta se notabilizado pela defesa não apenas das questões vinculadas estritamente ao salário ou à carreira docente, mas tem estado ao lado de todos e todas que buscam construir uma sociedade igualitária onde não haja espaço para nenhum tipo de discriminação: homofóbica, racista ou machista.

Por essa razão, estamos colocando toda a nossa estrutura política e jurídica na defesa do Professor e cobramos a punição daqueles que estão cometendo atos homofóbicos no campus mencionado. 

Não aceitaremos de forma alguma que práticas como estas sejam consolidadas em nossa Universidade e buscaremos todos os meios necessários para o fim das mesmas. Exigimos, também, que os responsáveis administrativos do referido campus não sejam omissos, sob pena de serem responsabilizados, e que tomem as necessárias medidas para por fim aos ataques homofóbicos e atos discriminatórios e garantir a integridade física e moral do professor.

A Diretoria

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