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terça-feira, 20 de maio de 2014

QUEIMA, SÃO LUÍS! TERMELÉTRICA TORRA CARVÃO MINERAL NA ILHA

Fumaça tóxica da termelétrica será absorvida no Parque Estadual do Bacanga. Foto: Claudio Castro
A Termelétrica do Itaqui, onde está localizada a maior chaminé de São Luís, já começou a expelir a fumaça proveniente da queima de carvão mineral.

Proveniente da Colômbia, o carvão mineral é altamente poluente, rejeitado no mundo inteiro, mas prontamente acatado no Maranhão pelos órgãos de licenciamento ambiental.
Montanhas de carvão mineral já foram estocados na zona rural de São Luís
Inspirada nos empreendimentos mirabolantes do especulador Eike Batista, a termelétrica tem montanhas de carvão mineral estocados para a queima, na zona rural de São Luís, onde vivem milhares de famílias.

TERMELÉTRICA AMEAÇA RESERVA DE ÁGUA

A termelétrica fica localizada a menos de 7 km, em linha reta, do Parque Estadual do Bacanga, onde estão instalados vários poços da Caema, responsáveis pelo abastecimento de 20% da água da capital. 
Em 2012, ainda em fase de conclusão, a maior chaminé da ilha está em pleno funcionamento.
O parque vai funcionar como pluma de contaminação, absorvendo as substâncias tóxicas emanadas da queima do carvão mineral. O risco de contaminação dos lençóis subterrâneos é grande, em uma cidade que já vive o colapso no abastecimento d'água

Os poluentes espalhados no ar vão atingir indistintamente toda a população: ricos e pobres.

Ninguém é contra a implantação de indústrias no Maranhão, mas as condições geológicas de São Luís (uma ilha de solo poroso) não adequam-se a esse tipo de indústria pesada. 

Dentro da ilha deveriam ser instalados outros arranjos produtivos, capazes de gerar emprego sem fortes impactos ambientais. Uma política agrícola para a zona rural da ilha também poderia ser um importante incremento na economia local.

ALUMAR É SEGREDO

A termelétrica é mais uma prova da concepção de “progresso” nociva aos interesses da população. Eike Batista é homem de negócios muito próximo da oligarquia Sarney, que controla o setor de energia, sob a tutela da Cemar, privatizada em 2000, no governo Roseana.

Na ilha de São Luís funciona também a Alumar, implantada no governo João Castelo, denunciada por vários ambientalistas pelos lagos de lama vermelha, onde estão depositados rejeitos de bauxita e ninguém tem acesso para fiscalizar.

Diferente da poluição da Alumar, que não fica visível nem é acessível à fiscalização, a fumaça da termelétrica já começa a assustar.

A foto do fumaceiro é do jornalista Claudio Castro.

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