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domingo, 9 de março de 2014

LUIS FERNANDO SILVA É “POSTE”, AVALIA O CONSULTOR POLÍTICO GAUDÊNCIO TORQUATO

O pré-candidato ao governo do Maranhão, Luis Fernando Silva (PMDB), está incluído na lista dos políticos “poste” na disputa eleitoral de 2014.

Pelo menos em quatro estados deve haver candidatos “poste” ao governo. São eles: Maranhão, Ceará, Pernambuco e Bahia.

O perfil “poste” foi analisado no artigo do jornalista e consultor Gaudêncio Torquato, publicado neste domingo. Veja AQUI.

Segundo Torquato, poste é o candidato sem tradição eleitoral, geralmente indicado pelo governador, “tirados do bolso do paletó do chefe do executivo”, explica.

O candidato com este perfil nunca disputou grandes batalhas eleitorais. Luis Fernando Silva é indicado pela governadora Roseana Sarney (PMDB).

Torquato toma os exemplos petistas da presidenta Dilma Roussef e do prefeito de São Paulo, Fernando Hadad, como exemplos de postes fincados pelo ex-presidente Lula.

Nenhum dos dois havia sido testado nas urnas e foram eleitos.

Poste travado

No caso de Luis Fernando Silva a situação é diferente. Além de não ter passado por campanhas polarizadas, o candidato de Roseana Sarney carrega o peso do desgaste da oligarquia, evidenciado nas pesquisas.

Enviado da Casa Civil para Secretaria de Infra-Estrutura, onde teria mais visibilidade como tocador de obras, Luis Fernando não consegue chegar a 20% das intenções de votos a sete meses da eleição.

Seu opositor melhor posicionado, Flavio Dino (PCdoB), mantém a média superior a 50% em todas as pesquisas, inclusive nos levantamentos do governo.

Luis Fernando não consegue crescer nem com toda a máquina do governo e a propaganda fartamente distribuída nos meios de comunicação da oligarquia Sarney

A situação é desesperadora.

Outros postes

Não é a primeira vez que os Sarney apresentam um candidato-poste.

Em 2002, José Reinaldo Tavares ganhou o governo com todo o apoio da oligarquia.

Divulgado o resultado, Roseana declarou: “elegemos um poste!”

O projeto de Roseana era mandar e desmandar no governo, transformando o eleito em um menino de recados dela.

Mas, a humilhação imposta por Roseana Sarney mexeu com aspectos subjetivos de Tavares.

À época casado com Alexandra Tavares, José Reinaldo foi estimulado pela esposa a não aceitar os maus tratos de Roseana, gerando uma crise familiar com desdobramentos políticos.

Resultado: Tavares rompeu com Sarney, elegeu Jackson Lago (PDT) governador, foi preso e algemado na Operação Navalha da PF e Lago foi cassado.

Alexandra separou dele e casou com um legítimo filho da oligarquia, da família Trovão, de Coroatá, onde reina Ricardo Murad.

De poste, José Reinaldo evoluiu para a condição de um dissidente da oligarquia, provocando uma fratura no grupo hegemônico.

Os próximos capítulos estão por vir em 2014.

3 comentários:

Vaniafrazão disse...

Professor, o Maranhão todo sabe que se dependesse de Zé Reinaldo jamais Jackson lago iria para o segundo turno. Afinal, ele lançou dois candidatos a governo nesta eleição, e nenhum deles era o governador Jackson Lago.

FRANCISCO ARAUJO disse...

Caro Ed,
Permita-me fazer umas breves observações. 1- Zé do José... foi eleito sob denúncias de irregularidades eleitorais. Ação que não deu em nada... Graças a quê? Walter Rodrigues sempre lembrava os dias passados sem que ação fosse julgada. 2- Jackson tinha uma história política e um eleitorado significativo. Isso não foi uma obra genial de Zé, acho que seu crédito maior foi só deixar os Sarney sem a máquina pública na mão. Mas, lá pelos Leões a república não foi iniciada após o "rompimento" pessoal, nenhuma mudança no fazer político.Basta lembrar as festas baquianas e toda a gastança com comilança na época. Depois que deixou seu criador e protetor político quantas eleições Zé ganhou? A grande engenharia do Zé foi eleger de forma espetacular e o criar a substituição de nome na oposição. O PDT, nem o PT durante anos conseguiram. Zé do ponto de vita eleitoral/partidário teve um trato mais privilegiado que os filhos homens do próprio Sarney, que nunca chegaram a ocupar o "posto" de governador. Esse trato privilegiado que Zé teve dificulta uma leitura sem um vínculo com a dimensão da traição de grupo(não quero desmerecer a pessoa dele, a quem considero gentil, educado). 3- Como sou a favor da alternância, quero que alguém da oposição, mas também porque torço para que no Maranhão tenha início um exercício de visão mais realista dos nossos problemas e a continuação dos Sarney à frente do poder político tem impedido isso, porque ideologicamente tudo é justificado sob o signo do Sarney. Não acredito em nenhum salvador e nem mudança profunda na forma de condução o poder político e nem na solução imediata dos problemas mais gritantes, caso ocorra a alternância. Vou votar no primeiro e no segundo (caso ocorra)na oposição.. exatamente por isso. 4-Entendo que: se o poste de Sarney é fraco, então é motivo para comemoração e devemos começar a produzir textos incentivando sua permanência como adversário. Não se pode reclamar de um adversário por ser fraco. Eu torço para que ele fique.. se está tão fraco assim. Quero ganhar..não importa se é um poste fraco..

Anônimo disse...

Amigos servidores do Estado,

Gostaria de compartilhar minha revolta contra a Governadora Roseana Sarney, pois a mesma teve a coragem, o descaramento de ir para os meios de comunicações mentir descaradamente que o aumento dos servidores sairia no com o nosso pagamento do mês de Fevereiro o que não aconteceu...

Em seguida outra mentira, que o mesmo seria dado no 11 de março, através de uma folha complementar, onde mais uma vez não vai ser honrado.

E por essa razão queria que a governadora tivesse a hombridade e coragem de aparecer na janela do palácio, e que com a mesma cara de pau deslavada que foi para televisão fazer tal promessa. Pois estaremos reunidos (funcionários e sindicado) em respeitos a muitos desses que sairão das suas casas com apenas o dinheiro do transporte para receber esse reajuste salarial mentiroso.

Companheiros vamos nos preparar de todas as formas, pois ela vai estar por trás de sua polícia que também está revoltada, e os mesmos não podem se manifestar!

Desabafo de uma funcionária pública.