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sexta-feira, 3 de janeiro de 2014

SÃO LUIS: TAPAR BURACOS É TUDO

Há uma grande expectativa na cidade sobre o início do período chuvoso e, simultaneamente, a degradação das ruas e avenidas de São Luís.

O que já estava ruim, a buraqueira generalizada, pode piorar se a Prefeitura não agir com eficiência assim que as chuvas caírem.

Aquilo que deveria ser uma rotina administrativa - a conservação das vias públicas - vira o centro das atenções dos gestores, da oposição e da população.

Enquanto nas outras capitais os prefeitos e governadores investem nas grandes obras de mobilidade, inauguram parques ambientais, hospitais e escolas, São Luís espera com ansiedade a operação tapa-buracos.

Isso vem se repetindo há mais de 20 anos, sempre com remendos mal feitos que tornam a esburacar rapidamente no inverno seguinte.

Em Belém, Fortaleza e Teresina, apenas para ficar nos exemplos mais próximos, as equipes de governo estão debruçadas em projetos já pensando o futuro das cidades, fazendo pesquisas sobre as demandas e planejando as obras necessárias para atender à população.

São Luís, presa ao passado, espera a borra ser jogada nas crateras e em seguida o rolo compressor.

Nunca se fala em refazer a malha viária utilizando asfalto de qualidade ou concreto, materiais largamente adotados nas outras capitais.

Até parece que a operação tapa-buracos, repetida todos os anos, há duas décadas, é um negócio lucrativo para as empreiteiras que operam serviços nas sucessivas administrações de São Luís.

Sai prefeito antigo, entra o novo, mas a prática continua. As operações tapa buracos são até manchete de jornal, como se isso fosse algo extraordinário, e não uma operação de rotina.

Cheia de feridas, a malha viária de São Luis parece um imenso casco de jabuti, sobre o qual a cidade se move lentamente.

É a política de remendos tornando a cidade horrível e os empreiteiros cada vez mais ricos.

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