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terça-feira, 10 de dezembro de 2013

MEMÓRIA: ASTRO DE OGUM JÁ FOI VÍTIMA DE ATENTADO A BOMBA E ROUBO MILIONÁRIO

Aumenta a responsabilidade da Polícia Federal, do Banco Central e do Ministério Público para investigar os empréstimos operados com suspeita de fraude por uma gerente do Bradesco na Câmara de Vereadores de São Luís.

Os entes fiscalizadores e a Justiça não podem silenciar diante da gravidade dos indícios de um esquema de agiotagem praticada por um banco “renomado” junto a uma casa legislativa.

Toda a sociedade deve ficar vigilante e cobrar a investigação, porque a esmagadora maioria dos vereadores não está interessada em revelar nada sobre os empréstimos.

O caso só veio à tona devido às disputas internas em torno da eleição da mesa diretora da Câmara. Um grupo que se sente prejudicado no controle da casa resolveu detonar a bastilha de Isaías Pereirinha (PSL), dono de quatro mandatos de presidente do Legislativo municipal.

Pereirinha tirou licença e tornou Astro de Ogum (PMN) presidente interino, com a ordem de fazê-lo presidente. Inconformado com a manobra, o grupo dissidente vazou na mídia o esquema dos empréstimos.

A Câmara é tratada como negócio privado de Pereirinha, líder dos suspeitos no esquema da gerente do Bradesco, Raimunda Celia, que está foragida.

BOMBA NO BARRETO, 400 MIL E JOIAS

Ogum está no quarto mandato de vereador e sua vida está marcada por situações inusitadas de violência, envolvendo atentado a bomba, roubo de jóias avaliadas em R$ 1 milhão e dinheiro (R$ 400 mil).

Em março de 2006, uma bomba lançada contra a casa do vereador destruiu quase totalmente o andar superior da residência, mas ele escapou sem ferimentos.

A bomba não era para matar, apenas para assustar.

O vereador não se feriu nem morreu com a bomba, mas quase morreu de raiva quando levaram cerca de R$ 400 mil e mais R$ 1 milhão em jóias, no mirabolante assalto à casa do Barreto.

A façanha ocorreu em 2012, praticada por oito homens fortemente armados, que pareciam conhecer os segredos da residência.

A quadrilha foi presa e, segundo as investigações, revelou-se que pelo menos um dos marginais havia sido motorista do vereador e tinha trânsito pela casa do Barreto.

AMEAÇAS

Recentemente, Ogum disse (e depois negou!) que o ameaçaram de morte porque ele estaria fazendo um levantamento da lista de funcionários da Câmara.

A lista de servidores e contratos precários no Legislativo de São Luís é um dos maiores segredos do Maranhão.

E uma das hipóteses de investigação aponta para os empréstimos feitos em nome de funcionários fantasmas.

Há muitos indícios. Só falta o Ministério Público e a Polícia entrarem em ação.

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