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quarta-feira, 1 de maio de 2013

MARCOS SILVA (PSTU) PROPÕE FRENTE DE ESQUERDA COM PSOL E PCB EM 2014

Só a luta muda a vida: esquerda pode entrar unida na campanha de 2014
A eleição de 2014 pode ter uma novidade: a formação da frente reunindo os partidos de esquerda. Essa é a proposta do dirigente do PSTU Marcos Silva. Para a candidatura de governador, ele sugere o professor de Medicina da UFMA, Antonio Gonçalves (PSOL), ou o sindicalista e professor da UEMA Saulo Arcangeli (PSTU).

Saulo já foi testado em outras eleições majoritárias. Antonio Gonçalves, ex-candidato a vereador pelo PSOL em 2012, pode ser uma grata surpresa. Se a frente vingar, o Maranhão vai ganhar no debate eleitoral.
Marcos Silva pode ser candidato a senador.

Antonio Gonçalves, professor da UFMA e militante da CSP Conlutas, é um dos nomes
sugeridos por Marcos Silva para disputar o governo do Maranhão
Saulo Arcangeli (PSTU) pode ser o nome escolhido para liderar a frente de esquerda

VEJA A ENTREVISTA:

Blogue - Recentemente, em uma postagem no Facebook, você defendeu aliança entre os partidos de esquerda visando à eleição de 2014. Você acha que tem condições de reunir o PSOL, PSTU e o PCB no mesmo palanque?

Marcos Silva - Penso que seria muito importante, pois teríamos mais força política para sustentar uma intervenção de esquerda, classista e socialista. E no mais temos bons nomes a exemplo do companheiro Saulo, professor da UEMA e ativista sindical, assim como o Antonio Gonçalves, professor da UFMA e também ativista sindical. Agora é importante discutirmos um programa e construirmos uma intervenção conjunta na luta direta da nossa classe, pois a situação está muito grave e não dá para ficar esperando as eleições.


Blogue - As divergências ideológicas mais profundas entre esses partidos não dificultam um entendimento?

Marcos Silva - Penso que temos diferenças concretas na concepção de partido, porém não estamos propondo a construção de um partido único para as eleições de 2014. Cada partido vai continuar com o seu pensamento, mas há de se entender que somos partidos que reivindicamos o mesmo referencial social, a classe trabalhadora, os segmentos explorados e oprimidos.


Blogue - Quais nomes você defende para liderar a chapa majoritária em 2014?

Marcos Silva - Já disse que eu particularmente defendo o nome do Saulo, porém o PSTU ainda não discutiu quem será o nosso candidato. Também tenho clareza que o professor Antonio Gonçalves é um nome para ser discutido, pois é uma revelação na luta social, sobretudo no ANDES e na CSP-CONLUTAS.


Blogue - Você pretende ser candidato a senador?

Marcos Silva - Penso que caso consolide a frente de esquerda, classista e socialista e o nome ao governo seja do PSTU é justo que o candidato a senador seja do PSOL ou do PCB. Então não seria necessária a minha candidatura. Agora caso o PSTU tenha que sair com candidatura própria então meu nome estará à disposição do partido que deverá fazer a discussão sobre a conveniência ou não da minha candidatura ao senado.


Blogue - As alianças do PSOL com setores conservadores em 
outros estados não dificultam a formação de uma frente com o PSTU no Maranhão?

Marcos Silva - O PSOL está passando por muitas mudanças. Eles precisam definir o seu caráter de partido; no entanto, este é um debate do PSOL. Nós vamos continuar fazendo o chamado para que o PSOL esteja no campo da classe trabalhadora e do socialismo e não com o governismo.


Blogue - O nome do professor de Medicina da UFMA, Antonio Gonçalves, representa o sentimento classista do PSTU?

Marcos Silva - Como já disse o nome do Antonio Gonçalves para nós representa uma revelação, é um ativista honesto, com muita disposição para a luta social. Não se encontra em qualquer lugar uma pessoa com o perfil do Antonio fazendo a luta contra as privatizações, defendendo a saúde pública e de qualidade, ainda mais em um campo de classe. Espero que ele continue neste caminho. A classe trabalhadora só tem a ganhar com a participação do Antonio Gonçalves na luta socialista.


Blogue - Caso seja construída, como a frente de esquerda pretende participar da campanha midiática: terá um viés mais propositivo ou vai radicalizar nas denúncias?

Marcos Silva - Claro que devemos utilizar as eleições para denunciar as mazelas da sociedade burguesa, porém apresentaremos um programa que tenha como base a reforma agrária, as políticas sociais e a constituição de um governo da classe trabalhadora através dos conselhos populares, para avançar no combate às injustiças sociais.


Blogue - Como você avalia as outras forças políticas que se colocam no campo da oposição no Maranhão?

Marcos Silva - A oligarquia Sarney vive uma crise de governo e política, não tem nomes com capacidade de empolgar no debate eleitoral. Também existe desacerto político. Por mais que eles não queiram reconhecer, ainda existem dúvidas sobre qual o nome capaz de se aproximar do Flavio Dino (PCdoB). Por outro lado eles vão tentar quebrar a polarização hoje existente entre o Flavio e eles, impulsionando outras candidaturas do campo da oposição ideológica. Quando digo ideológica me refiro ao PCdoB, PSB, PSDB e outras legendas que só fazem oposição na ideia, pois concretamente são aliados na essência. Isto não significa que eles não tenham diferenças pontuais. Pode esperar que o Fernando Sarney deva tenta viabilizar a candidatura da sua afilhada política Eliziane Gama (PPS) e outros tipos Waldir Maranhão (PP). O certo é que essa oligarquia sabe usar os meios para atingir seus fins.


Bloque - Qual a sua análise sobre o projeto do PT que tenta impor limites à criação dos novos partidos?

Marcos Silva - O PT tem um projeto para 20 anos de governo e vai fazer de tudo para aplicar. Para eles quanto mais calar os diferentes, melhor. Este comportamento petista é reproduzido nos movimentos sociais, por exemplo, quando fui candidato na década 90 os petistas faziam de tudo para me tirar do debate político nas organizações sociais que eles controlavam. Até hoje eles utilizam essa prática fascista.


Blogue - Você acredita que a oligarquia Sarney chegará ao fim em 2014?

Marcos Silva - Tenho convicção que eles perderão as eleições seja para Saulo, Antonio Gonçalves ou Flavio Dino. Eu vou lutar para que a derrota seja para um dos dois primeiros citados, pois assim além de derrotar a oligarquia Sarney, teríamos um governo da classe trabalhadora sem influência do agronegócio, do latifúndio e nem de políticos corruptos. Mas a derrota eleitoral da oligarquia não significa a sua destruição, pois eles estão inseridos em muitas instituições de poder, além de ter uma poderosa máquina de comunicação, como também controla o PT e muitas outras legendas no cenário nacional.


Blogue – Você defenderia na frente de esquerda um eventual apoio a Flavio Dino no segundo turno, caso o seu candidato não passe à segunda etapa?

Marcos Silva - Tenho muito respeito pelo Flavio. Somos contemporâneos na luta social, estivemos juntos no PT, ele ainda como ativista estudantil e eu no movimento sindical. Sei que ele tem boas intenções, assim como tinha também o Jackson, mas na política penso programaticamente, ai temos muitas diferenças. Então não dá para votar em uma candidatura que terá o apoio de setores da classe dominante e hoje está junto com um bando de burocratas sindicais que se aproveitam da máquina sindical para tirar proveito pessoal. O mais certo é que estaremos na luta organizando os trabalhadores com a mesma disposição de hoje, porque só a luta muda a vida!

Um comentário:

Anônimo disse...

olha só esta foto, só riponga, imagina deixar o Estado nas mãos deles.