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quarta-feira, 15 de maio de 2013

AUMENTO DAS PASSAGENS: HOLANDA NÃO TEM DE CEDER AO SET


O prefeito Edivaldo Holanda Junior (PTC) enfrenta uma das situações mais delicadas no início da gestão – a possibilidade de aumento na tarifa do transporte coletivo.

As negociações estão em andamento e os grupos de pressão, de todos os lados, operam seus interesses. É natural e faz parte da disputa política.

Nas atuais circunstâncias de desgaste na gestão, Edivaldo Junior não pode nem deve ceder às pressões, baseadas naquele filme antigo e repetido, qual seja:

O Sindicato dos Rodoviários ameaça uma greve e combina o jogo com o Sindicato das Empresas de Transporte (SET) para efetivar o aumento das passagens de ônibus. Em troca, os rodoviários recebem alguns benefícios trabalhistas.

A categoria dos rodoviários é uma das mais sofridas de São Luís: os motoristas e cobradores conduzem ônibus velhos e sujos, em ruas e avenidas esburacadas e com um sistema de transporte público totalmente precarizado.

Os rodoviários merecem todo respeito e melhorias das condições salariais e de trabalho, mas uma coisa é a categoria e outra é o Sindicato dos Rodoviários, que há muito deixou de ser uma entidade classista.

A representação sindical dos rodoviários virou uma casta com forte poder de barganha junto aos tubarões do transporte coletivo, montados no poderoso SET, uma organização com força econômica e poder político junto aos vereadores e nas campanhas eleitorais.

No início da gestão, Holanda Junior prometeu fazer uma licitação para abrir novas linhas e contratar outras empresas. Um edital amplo, transparente, seria a melhor solução para resolver o impasse.

É sempre bom lembrar que a pressão pelo aumento das passagens, inclusive com a greve dos rodoviários, foi um marco na gestão do prefeito João Castelo (PSDB), que não cedeu.

Se Holanda recuar agora, vai ficar refém durante quatro anos das entidades sindicais corporativas e despreocupadas com o interesse público.

Licitação ampla já! É a promessa de campanha que precisa ser cumprida.

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