Compartilhe

domingo, 26 de maio de 2013

ASSASSINATO DE JETHER JORAN NÃO PODE CAIR NO ESQUECIMENTO

Já passaram quase dois meses. No dia 6 de abril, o bancário Jether Joran (foto) foi sequestrado na porta de casa e assassinado com um tiro na nuca. O corpo só foi encontrado no dia 7, na Vila Kiola.

Até agora a Polícia Civil não encontrou uma linha concreta de investigação que leve à prisão dos culpados, apesar das cobranças dos familiares e amigos.

Logo após o assassinato, diversas entidades da sociedade civil reuniram-se no movimento “Eu quero paz em São Luís”, no qual os signatários pedem uma nova política de segurança pública, combinada com ações integradas de educação, cultura, trabalho e lazer para os moradores da cidade.

Natural de Vargem Grande, Jether era escritor, trabalhava no Bradesco, participou ativamente do movimento sindical e da vida cultural da cidade.

Até onde eu sei, era um homem do bem, amante da boa música e tinha uma vida compatível com o padrão salarial de um trabalhador bancário.

Ele teve a vida interrompida de forma brusca, seqüestrado na frente dos filhos, na porta de casa, sem qualquer chance de defesa.

Fica novamente o nosso apelo para que a Secretaria de Segurança Pública, através da Polícia Civil, intensifique as investigações para elucidar esse crime.

OBRAS

Joran publicou “Poesias revolucionárias”, “Histórias e estórias de minha cidade” e  “Vargem Grande do passado”. Veja uns versos de Poesias Revolucionárias:

“A liberdade, a paz

O vôo, a esperança.

A sensação de sermos livres

No horizonte que buscamos,

Juntamente com os pássaros.”

HOMENAGENS

A comoção tomou conta da população de Vargem Grande com a perda de um filho querido que tanto homenageou sua cidade e obteve reciprocidade. Abaixo, respectivamente, os textos da estudante Rosário de Pompéia e da professora Lilian Caroline.

“Amigos aqui presentes

Quero licença vos pedir

Para em versos homenagear

O poeta dos bem-te-vis

À família nossas tristezas

Aos amigos nosso pesar

A Vargem Grande nosso luto

Pelo filho a lhe deixar

A Deus peço ajuda

Para este tributo prestar

Venho em nome do Farol

Ao ilustre poeta exaltar

Nosso eterno Jether Joran

Filho amado e querido

Voz dos revolucionários

Por nós jamais será esquecido (...)”

Rosário de Pompéia, 13 anos, estudante de Vargem Grande
7 de abril de 2013

“Meu querido escritor

Vou pedir ajuda ao céu

Pra poder homenageá-lo

Em literatura de cordel

Jether Joran é o seu nome

Homem de caráter e valor

Nascido em Vargem Grande

E pela cidade tinha muito amor

Nosso poeta querido

Vargem Grande te agradece

Tu serás sempre lembrado

E nosso povo jamais te esquece."

Lilian Caroline, professora do Farol da Educação de Vargem Grande

2 comentários:

Letícia Cardoso disse...

Obrigada pela força, Ed. Este caso não pode ficar assim, estamos na luta!

wilson disse...

É isso aí Ed, não podemos deixar cair no esquecimmento. Exigimos resposta das autoridades.