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segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

CAMPANHA DE YGLÉSIO ABAFA O PLANO DE METAS DA PREFEITURA

É óbvio que chegaria ao Jornal Nacional a campanha de doação de alimentos para o hospital Socorrão I, deflagrada pelo diretor Yglésio Moises, na rede social FaceBook.

Hospital ficar sem médico é notícia regular para os padrões do Maranhão, mas ficar sem alimentos e recorrer a uma campanha de doação na Internet vira notícia quase espetacular, porque entrou no circuito das coisas absurdas aos critérios de noticiabilidade.

Yglésio foi candidato a vereador pelo PT sarneísta, controlado pelo vice-governador Washington Oliveira (WO).

Ele saiu da campanha com pouco mais de 1400 votos, virou diretor do Socorrão I e deflagrou imediatamente outra campanha – para arrecadar alimentos ao hospital.

A campanha obteve a repercussão esperada e a solidariedade desejada. Rapidamente chegaram ao hospital as doações que vão garantir a alimentação dos internos.

Yglésio fez o possível diante de uma situação caótica. E foi sucesso na mídia. O anúncio com o pedido de doações já chega perto de 2000 compartilhamentos na rede social.

Ocorre que a campanha, ao dominar o noticiário, acabou abafando o plano de metas lançado no início da semana passada pelo prefeito Edivaldo Holanda Junior (PTC).

Holanda reuniu o secretariado e anunciou um plano emergencial para os próximos 120 dias, com 314 ações em diversas áreas da administração. Mas o lançamento do plano foi imediatamente engolido pelo noticiário devorador da campanha de Yglésio do Socorrão I.

Só uma pesquisa rigorosa pode mensurar até que ponto a imagem da Prefeitura ficou arranhada. Ou se a campanha foi bem aceita pela população.

A primeira impressão é que Yglésio saiu-se bem, mas pode ser que a gestão do prefeito Edivaldo Holanda Junior, não!

Campanhas de doação cabem nas situações de tragédias naturais como enchentes e casos assemelhados. Grupos de caridade e militantes do movimento estudantil também costumam fazer ações colaborativas para arrecadar recursos.

Alimentação em hospital é problema de gestão pública. A campanha de Yglésio é um ato que extrapola as responsabilidades do gestor. E só uma pesquisa pode avaliar os impactos.

Desde o início do mandato, a gestão do prefeito Edvaldo Holanda Junior (PTC) vem sendo agendada nos meios de comunicação com foco em três áreas: Saúde, devido à situação dos hospitais; Educação, em decorrência do abandono das escolas; e Cultura, diante da urgência do Carnaval.

A campanha de Yglésio atropelou todas as agendas, inclusive o plano de metas dos 120 dias. Só se fala na lista do Socorrão I. É hora de inverter a pauta e colocar a capacidade administrativa acima das ações colaborativas.

Um comentário:

Unknown disse...

São Luís vive corrida armamentista e regresso a autotutela

Com o aumento vertical da violência, a qual esta mergulhada a capital maranhense, a população deixou de acreditar nas ações de combate a criminalidade por parte Estado e, esta partindo para o enfrentamento dos meliantes. Populares estão adotando a autotutela para que a ordem social seja mantida. Infelizmente é isso que acontece quando o povo fica renegado à própria sorte...

Em menos de sete dias, cinco eventos chamaram a atenção a essa “nova” e “velha” prática, de “usar as próprias razões” nas soluções de conflitos e na manutenção da ordem.

Na porta do banco, a advogada protagonizou um dos casos. Para proteger sua genitora, recuperar o dinheiro roubado e retirar mais um elemento de circulação, efetuou dois disparos certeiros na caixa craniana do assaltante Auclines Costa, o “Piauí”, e esse jaz...

Antes, porém, tivemos os casos de Rodrigo Tavares Tito, de 19 anos, e Pedro de Oliveira, conhecido como “Loucinha”, que foram linchados por populares na Raposa, mortos a facão e tiro respectivamente. Isso, depois de terem matado o feirante Valdick Carvalho da Silva.

O latrocida Eval Camilo, 26 anos, conhecido como “Miau”, também foi morto por um grupo de homens, que de uma caminhonete branca, efetuaram vários disparos contra o “Miau”, que foi atingido na mão, nas nádegas, no abdômen, na virilha e um no pescoço.

Em outro caso, o cliente de um posto de gasolina também efetuou disparos no abdomem do assaltante Joadson Lima Sousa, que fizera um raspa no dinheiro e nos pertences dos frentistas e de outros clientes, e esse jaz...

Neste inicio de ano estamos assombrados com estes e outros casos, os quais servem de amostra para concluirmos que a população não acredita no aparato estatal, especificamente, na policia, no governo e principalmente na “justiça”.
Percebemos claramente que as pessoas estão se armando e vale tudo para escapar da criminalidade vertical. Quem não tem condição de comprar um 38 ou uma .40, inventa uma cartucheira, espingarda ou até a antiga garrucha.

Só que via secretário, o governo esta tentando “tapar o sol com a peneira”, proibindo aos jornalistas acesso a atuação criminal na Grande Ilha. As informações normalmente fornecidas pelo IML à imprensa agora são proibidas. É uma forma “louca” de combater criminalidade. Ou pelo menos a negativa opinião pública do governo...

O secretário até admitiu e tentou se justifica, veja, “nós não estamos justificando o que está acontecendo no Maranhão, por esses dados nacionais; mas, mostrando que diminuir estas estatísticas é um trabalho difícil no país inteiro e que nós precisamos dar uma resposta e rápida para essas mortes violentas”, disse Mendes.

O pior de tudo é que o governo Roseana Sarney ainda acredita que aumentando o efetivo policial e seu aparato logrará estancar a aumento assombroso da criminalidade. Ao mesmo tempo em que matem a Biblioteca Benedito Leite em eterna reforma, abandona os faróis da educação, e ostenta as piores escolas públicas da federação.

O Estado do Maranhão ainda é o ultimo vagão no trem do desenvolvimento, pelo qual passa o país nos dez últimos anos.

Melhor dizendo, sem educação e sem emprego, infelizmente ainda teremos mais confrontos populares, mais convulsões sociais, autotutela e pessoas morrendo em plena juventude.

http://evandeandrade7.blogspot.com.br