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quarta-feira, 6 de junho de 2012

IFMA TEM NOVO REITOR ELEITO: ROBERTO BRANDÃO

Com 90% das urnas apuradas, o professor Roberto Brandão é o vencedor da consulta prévia à comunidade do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia (IFMA). Brandão obteve 49,24% dos votos contra 7,31 de Antonio Xaruto. Votos nulos somam 3,09% e brancos 2,16%. Ausentes/não apurados são 38,20%

Roberto Brandão vai substituir o professor José Ferreira Costa, que esteve no comando do IFMA por dois mandatos.

Maranhense de Tutóia, Roberto Brandão, 47 anos, é doutor em Geografia ("Análise espacial aplicada ao geoprocessamento") pela Universidade Estadual Paulista Júlio Mesquita Filho (Unesp) e professor do IFMA há 22 anos. Foi coordenador nacional do Fórum de pró-Reitores de Planejamento e Administração do Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica (FORPLAN/CONIF) nos últimos quatro anos.

Atualmente é pró-Reitor de Planejamento e Administração, função que exerce desde 2008, após ter sido coordenador de Planejamento do CEFET (2004/2008) e chefe do Núcleo de Planejamento e Desenvolvimento do CEFET (98/99). A sua experiência gerencial iniciou-se na então Unidade Descentralizada de Imperatriz, como chefe do Departamento de Administração (94/95) e diretor de Administração (95/97).

No campo político, participou, aos 15 anos de idade, do movimento pela meia-passagem em São Luís (MA) e foi eleito, aos 22 anos, presidente do Diretório Acadêmico de Geografia da UFMA.

A sua campanha para reitor do IFMA teve como lema central a participação coletiva e o desenvolvimento como forma de engajar a instituição para implementar ações para melhorar os indicadores sociais do estado.


LEIA A ENTREVISTA COM O NOVO REITOR DO IFMA

Blogue - O que mudou na transformação das instituições Cefet e Escola Agrotécnica em Instituto Federal?

Roberto Brandão - A partir dessa nova institucionalidade, a sociedade conquistou a possibilidade do incremento da educação profissional, da graduação, pós-graduação, pesquisa e extensão para todo o Maranhão, com observância dos arranjos produtivos locais.

Blogue - Quais os números do Instituto Federal no Maranhão? Quantas unidades, estudantes, número de cursos, professores e técnicos administrativos?

Roberto Brandão - O IFMA possui hoje 18 campi, 08 em implantação, 03 núcleos avançados, 59 cursos de técnicos distintos, 18 diferentes cursos superiores, 12 especializações, 02 mestrados e 05 doutorados. Ofertamos 330 bolsas de iniciação científica em 2011, detemos 03 registros de patentes, 06 prêmios Fapema, 31 grupos de pesquisa, 222 mestres, 102 doutores e cerca de 2.200 servidores. No final de 2011, tínhamos 15.531 alunos matriculados em contraponto a 8.092 em 2009. Em 2011 havia 365 matriculados em 05 licenciaturas  pelo Parfor (Plano Nacional de Formação de Professores), 2.500 matrículas no Pronatec, 600 alunos na UAB (Universidade Aberta) e 1.600 no e-Tec Brasil. Em 2014, devemos chegar ao quantitativo de 30 mil alunos.

Blogue - Como é feito o processo de definição dos cursos para os campi no interior do Maranhão?

Roberto Brandão - A definição dos eixos educacionais nos campi é feito a partir dos arranjos produtivos locais, com levantamento científico do potencial do município. Em nossa futura gestão iremos prosseguir com o mesmo modelo, ampliando a  realização das audiências públicas, para que as entidades organizadas e gestores públicos possam dar a sua contribuição e melhorar a proposta.”

Blogue - Qual a contribuição do Instituto Federal na formação profissional do Maranhão?

Roberto Brandão - Temos que gerar mentes empreendedoras e não apenas formar mão de obra. O egresso deve ser empreendedor na sua forma de agir, pensar e executar as suas ações. Ele precisa dar retorno social. E se ele conseguir exercer a sua participação no mundo do trabalho dessa forma,com consciência crítica, começamos a cumprir a nossa missão. Temos, também, que gerar a cultura de preparar o Maranhão não só para receber grandes projetos, mas também para criá-los. Precisamos trabalhar em consonância com esse processo de implantação dos grandes projetos para não revivermos a história da década de 70 com a exclusão do maranhense. Porém é preciso ter claro que o Maranhão precisa se desenvolver e não inchar. De nada adianta ter um processo maravilhoso com a refinaria, petróleo e gás, papel e celulose e energia térmica com um bolsão de miséria no entorno. Precisamos mudar o vetor do projeto de consolidação da economia maranhense.

Blogue - O projeto de expansão é questionado por alguns setores no Instituto Federal, que acusam a falta de estrutura para atender à demanda. Como o senhor vê essa questão?

Roberto Brandão - A fase 3 da expansão, com a implantação de oito novos campi, vai começar diferente das fases anteriores. Agora, primeiro vai haver a disponibilização de recursos para o início das obras e só num segundo momento ocorrerá a liberação de vagas para funcionamento dos novos campi. Mas temos que observar que uma obra de expansão não se consolida da noite para o dia. Leva cerca de três anos entre a autorização de funcionamento e a dotação de condições para a chegada do servidor para as demandas iniciais. Porém, o IFMA deve buscar a excelência da qualidade no atendimento  e na prestação do serviço. A sociedade deve ter orgulho de usufruir do padrão IFMA. E por isso iremos estruturar todos os pontos de presença da instituição.

Blogue  - Quais os avanços na gestão administrativa do Instituto a partir da implantação do estatuto?

Roberto Brandão - Ainda precisamos melhorar muito. O nosso modelo de gestão precisa ser dinâmico para tornar os nossos programas e ações mais condizentes com o cenário de crescimento e consolidação do IFMA. Precisamos e iremos buscar a agilidade.O grande mérito do estatuto foi o seu próprio processo de construção de forma participativa. E precisamos,agora fortalece os órgãos colegiados da instituição.

Blogue - Em relação à autonomia administrativa, que medidas estão sendo tomadas nas unidades de expansão?

Roberto Brandão - Temos como lema de vida adotar ações descentralizadas. Quando se dota as instituições de um processo de descentralização, consegue-se tornar essa instituição participativa, envolvendo as pessoas nesse processo. Na atual gestão, como pró-reitor de Planejamento e Administração, trabalhei com a descentralização nessa esfera. E, agora,vamos iniciar um processo de diálogo, com ética e transparência, mediante encontros com a comunidade de todos os campi, para que possamos, de imediato, dar a tônica que pretendemos oferecer à nossa administração: a participação coletiva e a descentralização

Blogue - Quais as suas três propostas prioritárias a serem implantadas no Instituto, caso seja eleito reitor?

Roberto Brandão - Na realidade, temos 10 eixos para o nosso plano de gestão: administração integrada, realista e de consenso; fortalecimento dos órgãos colegiados; reestruturação da reitoria; transparência; maior atuação do CONIF (Conselho Nacional das Instituições da Rede Federal de Educação Profissional, Científica e Tecnológica); salários dignos; expansão do IFMA com visão sistêmica; captação de recursos e convênios externos; qualidade dos cursos de graduação e pós-graduação e relação direta, franca e aberta com as entidades estudantis.

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