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domingo, 15 de maio de 2011

ROSEANA E OS MILAGRES DO MARANHÃO

Qualquer pessoa razoavelmente situada na política do Maranhão sabe que não passa de anúncio publicitário o programa "Maranhão Profissional", lançado com pompa pela governadora Roseana Sarney (PMDB).

Ninguém acredita que este governo de antigas pessoas e práticas ultrapassadas vai qualificar 400 mil maranhenses até 2014. Essa é uma meta japonesa para o estado mais miserável do Brasil.

E mais, pasmem, afirmam que o Maranhão vai crescer 7,5%. Coisa de primeiro-mundo num cenário de economia estável. Vai ser a nova Cingapura brasileira.

Roseana foi governadora duas vezes. Nos últimos 45 anos, à exceção de Jackson Lago (PDT), todos os ocupantes do Palácio dos Leões eram e são do núcleo da família Sarney.

Todos eles verbalizaram mirabolantes soluções para o Maranhão e não resolveram nada. Desde 1994 Roseana Sarney promete "uma revolução na Educação". Inaugurou um pólo de confecções em Rosário que só serviu para endividar pessoas pobres ne região do Munim.

Depois vieram os projetos de irrigação, como o Salangô, em São Mateus. Outro fiasco. Nas estradas empoeiradas, esburacadas e lamacentas do Maranhão só há esqueletos desses mega-projetos. São fantasmas povoando lugares abandonados de um não-lugar.

Agora o Maranhão vai ser salvo da miséria pela termelétrica de Eike Batista em São Luís e pela Suzano em Imperatriz. São empreendimentos altamente poluentes e degradantes que só encontram guarida nesta filosofia da miséria desenvolvimentista do Maranhão.

Coincidentemente, quando do lançamento do programa "Maranhão Profissional", Roseana mandou seguranças reprimirem os professores em greve. A governadora deveria começar o programa pela valorização dos professores, com salários decentes e condições de trabalho aos educadores.

O anúncio publicitário do "melhor governo da minha vida" saiu dias depois da divulgação sobre os novos indicadores que colocam o Maranhão na liderança da miséria no Brasil.

Eike Batista promete "duas Bolívias" de gás natural no Maranhão. As mesmas promessas mirabolantes de "revoluções" em tudo nesta terra onde até o sol mente, como dizia o padre Antonio Vieira.

Desde os anos 1980 a Vale a Alumar instalaram-se no Maranhão, com promessas de alavancar a nossa economia. E nada. Nos próprios blogues do Sistema Mirante a Vale é desmascarada.

O Maranhão não dá certo por falta de vontade política da família Sarney e por um erro proposital nisso que chamam dedesenvolvimemto, baseado na atração de grandes empresas geradoras de poucos empregos e muita degradação social e ambiental.

"Maranhão Profissional" é só mais um engodo para encher página de jornal. No dia seguinte, não serve pra nada.

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