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quarta-feira, 4 de novembro de 2009

TUMULTO NO LANÇAMENTO DE “HONORÁVEIS BANDIDOS”

Um grupo de militantes do movimento estudantil secundarista tumultuou o lançamento do livro “Honoráveis bandidos”, hoje à noite, no Sindicato dos Bancários.

O auditório estava superlotado, no início da cerimônia, quando os estudantes começaram a gritar palavras de ordem ofensivas ao ex-governador Jackson Lago (PDT), presente ao evento.

“Jackson ladrão, envergonha o Maranhão”, gritaram os estudantes, jogando ovos, uma torta e panfletos em direção à mesa. Em seguida passaram a ser agredidos pelos partidários de Lago.

Dezenas de pessoas saíram correndo pela porta do auditório, onde começou um quebra-quebra. A confusão espalhou-se pelas ruas no entorno do sindicato, gerando pânico na vizinhança.

Aguardado com grande expectativa, o lançamento de “Honoráveis” reuniu as principais personagens e militantes da ex-Frente de Libertação do Maranhão, hegemonizada pelo PSDB, que conduziu Jackson Lago ao Governo do Estado em 2006.

Aliados de Jackson Lago afirmam que a ação foi planejada no Palácio dos Leões para inviabilizar o lançamento, programado como ato de apoio ao ex-governador.

Dória é autor também da obra “A candidata que virou picolé”, acerca da fracassada candidatura presidencial de Roseana Sarney, em 2002, detonada pela “Operação Lunnus”.

As duas publicações fazem uma devassa na vida privada e pública dos Sarney.

Milícias – O movimento estudantil secundarista há muito perdeu seus ideais e transformou-se em um polvo cujos tentáculos são disputados pelos grupos Sarney e Lago.

A entidade-mãe (Umes) esteve sob o controle do PDT nos áureos tempos de Jackson Lago na Prefeitura de São Luís, comandada pelo ex-presidente da Coliseu, Renato Dionísio.

Os dirigentes estudantis locupletam-se das benesses de qualquer governo. Atualmente, estão alinhados ao Secretário de Esportes e Juventude, Roberto Costa, presidente municipal do PMDB, protegido do vice-governador João Alberto.

Jackistas atribuem a Costa a operação desta noite. Após a confusão a polícia foi acionada e o lançamento do livro retomado.

2 comentários:

Paulo Menis disse...

Vergonha! É o que sinto desse movimento estundantil. Eu que fui do movimento na época mais cruel desse país, não posso ter outro sentimento a não ser vergonha. Como pode um movimento estundantil lutar ao lado de quem mandou a PF invadir faculdade (PUC-SP-1985).
Li o livro, li não, devorei, comprado na feira de Itz. Ótimo, claro, investigativo.
Paulo Menis.

Ed Wilson Ferreira Araújo disse...

Paulo,
Se Jackson ganhar a eleição em 2010, vai cooptar essas estidades estudantis que hoje estão no contra-cheque do PMDB.
Ed Wilson